Domingão

1 ano e meio

Filha,

Hoje você completou 1 ano e meio.

Tenho certeza, pelo incomensurável amor que sinto por você, que te aceitaria e admiraria sempre, sob qualquer condição.

O que me impressiona é que te analisando de fora do contexto mãe e filha, continuo acreditando que você é a pessoinha mais perfeita que eu poderia conhecer.

É claro, meu amor, que a perfeição existe apenas aos olhos de quem a vê. Não existe certo e errado na vida. Existe perspectiva. Acontece que na minha perspectiva, o ideal de ser humano toma a sua forma.

Você é extremamente doce e carinhosa. Apesar de toda a meigura, sabe ser safa e luta pelo que quer.

Não chora a toa, não reclama por pouco. Chora se dói de verdade, mas para de chorar assim que percebe que jajá vai passar.

Reclama se tá chato mesmo, mas a maioria das vezes segura as pontas e é uma companhia super agradável em qualquer situação.

Você aceita bem as mudanças e novidades que trazemos para a sua vidinha. É curiosa demais e não tem medo de experimentar.

Você aprende tudo muito rápido. Basta ouvir 1 vez. O mais engraçado é que não esquece NUNCA do que aprendeu. Sinto as vezes que você se orgulha disso.

Você ainda não testa nossa paciencia e limites. Você é tranquila e já percebeu que não precisa ser chata pra conseguir o que quer. Você pode sempre usar o seu charme.

Você é vaidosa, adora um creminho, um penteado e uma roupa legal, mas está sempre de joelhos ralados e correndo atrás de uma bola.

O mais importante de tudo: você é extremamente feliz. Está sempre feliz.

Fico cada dia mais orgulhosa de ter colocado no mundo uma pessoa tão especial.

Obrigada por ser quem você é.

Parabéns pelos seus 18 meses.

Te amo,

Mamãe

Bailarina

Charminho

Por uma infância colorida

A Dani, mamãe da Helena, escreveu lá no http://maeperua.blogspot.com/ um post muito bacana sobre a "ditadura do rosa e azul".

Eu e a Stella apoiamos essa causa :)

Bobeira pouca é bobagem

Sempre fui bem sensível e chorona. Nunca precisou de muito pra me deixar emocionada e volta e meia me pegava chorando com comercial de margarina e cena de novela das 7h. 

O que já era grave, ficou ainda pior depois que virei mãe. Não sei se foi a turbulência dos hormônios ou se o fato de ser mãe me si me transformou. Só sei que a coisa ficou patética.

Junta isso ao meu gosto peculiar para programas de TV então... 

Eu me pego chorando do começo ao fim naqueles programas de calouros, por exemplo. A criança era pequena e cantou bonitinho? Choro. A criança era pequena e esqueceu a letra? Choro. O cara era drogado, mas agora canta para sustentar a familia? Choro. Abraçou a mãe então quando saiu do palco? Choro de soluçar.

Será que algum dia vou voltar a ser só meio bobinha? Porque assim não dá!

____________________________________________________

Pra quem quiser um exemplo de uma menininha que me faz chorar toda vez que eu vejo. Voilá!

Minha gente, ela é fã do Justin Bieber, mas olha que coisa mais fofa ela cantando. E o orgulho a mãe??? 

Novas palavras

Depois da listinha que publiquei aqui no blog, ela já aprendeu várias coisas novas. Vamos lá:

- Um
- Dois
- Três
- Já
- Barney (sim, o dino roxo. e ela fala direitinho Bar-ney)
- Mickey
- Manhê (ela nem falava mamãe, agora já temos variação sobre o tema)
- Sim
- Não
- Chuá (qdo ela quer que eu despeje água nela no banho)
- Ixe (para sanduiche)
- Cuco (para suco)
- coito (para biscoito)
- nola (para granola)

Essas são as novas mais frequentes, mas vira e mexe ela repete alguma coisa que a gente fala direitinho. Só que só uma vez não vale pra colocar no vocabulário, né???

1, 2, 3 eeeeeee....

A gente fala: e 1, e 2, e 3 eeeeeee.
A Stella responde "djá"!

Ownnnnnnn....

Sobre o sumiço, a preguiça e o amor

Gente, abandonei o blog. Não, obviamente não foi por falta de assunto porque a pequena que protagoniza esse diário é simplesmente uma caixinha de novidades. É que voltei de férias lerdinha de tudo. Aí chego a noite e ainda tenho um monte de e-mail pra responder, planilhas pra fechar e o blog vai ficando... Prometo reverter a situação.

Vou aproveitar que voltei então e fazer um pout-pourri (é assim??) de assuntos. Vem comigo:

 - com o calor que rolou nos últimos dias, achamos que estava mais do que na hora de inaugurar a temporada de piscina no clube. No último verão a Stella ainda era bem pequena e não dava pra aproveitar muito. Agora ela se esbalda. Tanto que sai correndo na piscina e por algumas vezes foi de cara na água. Obviamente resgatamos ela imediatamente. O que gosto de ver é que ela, apesar dos sustinhos, não chora e continua curtindo. Fofa, fofa.

- ponho o maiô nela e na sequencia chamo pra passar o protetor. Toda criança odeia, né? Não. A Stella AMA. Estica os bracinhos e as perninhas e fica toda feliz enquanto a bizuntamos de creme. Ela fica sentindo o cheirinho e falando: hummmmmm. Pura vaidade.

- depois da piscina e almoço, sempre vale uma passada no parquinho. Toda vez que ela entra parece que nunca viu aquele lugar. Fica enlouquecida. Sai correndo e gritando com as mãozinhas pra cima. Quer ir em todos os brinquedos. No carrossel, enquanto todas as crianças ficam felizes e contentes sentadas nos cavalinhos, ela fica correndo na parte do meio, numa verdadeira missão kamikazi.

- e ela ama tanto, mas tanto o tanque de areia que a gente vê os reflexos depois. Mesmo batendo todas as roupas, a gente fica encontrando areia em tudo. Em tudo MESMO. Encontrei areia até no cocô que ela fez no dia seguinte. Genteeeee, minha filha comeu areia e eu não vi!!! #comoassim?

- eu sempre percebi que ela faz a tímida umas vezes e é toda soltinha outras. Demorou, mas consegui entender que há um padrão:  Meninas fofinhas? Ignora, fazendo a linha blazê. Meninos espuletas? AMA e persegue.

- o vocabulário cresce a cada dia. Sempre tem uma novidadezinha. Esse tema vale um post. Aguardem.

- e as canelas?? Sempre roxas. SEMPRE raladas. Ela simplesmente não para quieta. Se joga na vida e muitas vezes no chão.

- ela continua fazendo pouquissimas birras. Leio muito que nessa fase a criançada tá no auge da birra. Ela não. É tranquilissima. Vamos falar baixo e fingir que não percebemos? Obrigada.

- ela realmente virou uma criança independente no quisito sono. Quando chega a hora de dormir o papai fala: vamos lá nanar com a Turma do Bercinho (Mickey, Minnie e Elefante)? E ela vai. O Alê deixa ela sentadinha lá e ela brinca um pouco, deita e dorme. E o que eu acho fofo ela ter a Turma do Bercinho?? hahahaha

- ela também nunca dormiu mais do que 20 minutos durante o dia. Aí, do nada, resolveu dormir mais de 1 hora. Gente, a menina vai ficando cada dia melhor!!!

- e ela come bem?? não, ela come MUITO bem. Gente, a bichinha é uma DRAGA. Come tudo o que vê pela frente. De manhã ela toma o tetê, come um potinho com granola (oi?), torradinha com requeijão, frutas e suco. Aí bate um pratão no almoço, dos grandes mesmo. A tarde toma leite e quase sempre pede fruta. Aí janta um pratão do mesmo tamanho do almoço, toma suco e as 10h manda ver mais 300ml de leite. saco sem fundo.

- Além de gulosa, ela é ultra curiosa com comida. Come DE TUDO. Os queijos mais fedidos, as carnes mais fortes, os patês mais sofisticados, os molhos mais bacanudos. É de comer? Ela manda ver. Até a alcachofra da vovó ela já comeu (com direito a marquinha de dente nas folhas e tudo).

Ufa, tem muito mais coisa pra contar, mas não vou falar tudo senão não sobra assunto pros próximos posts.

Só sei que sumi, faltou tempo, rolou preguiça de escrever, mas o que não faltou foi muito amor pela minha princezinha.

O simples é mais gostoso

Começou como uma campanha de publicidade feita lá pela agência, acabou virando uma super pesquisa sobre o universo materno.

Estudando a relação de mães e filhos para criar uma campanha para gelatina Royal, começamos a perceber uma tensão em comum. Hoje, a gente tem acesso a muita informação. São milhões de blogs, livros, profissionais... Cada um dizendo e falando uma coisa... Livre demanda, cama compartilhada, Tracy Hoggs, Nana Nenem, Cesária X Parto Normal X Parto Humanizado, Creche X Babá, etc etc etc.

Vamos combinar que a gente vai ficando cada vez mais confusa???

Foi aí que começamos a perceber que algumas mães, na loucura de tentar achar o melhor caminho na criação dos filhos, acabava exausta e perdida. Qual a verdadeira e melhor maneira de criar meu filho?? O que vai fazer com que ele olhe pra trás e se dê conta que teve uma infância gostosa e feliz??

Começamos então a fazer um exercício. O que NAS NOSSAS infâncias foi marcante? A tendência natural foi começar a pensar em coisas grandiosas: presentes, viagens... Só que vasculhando a memória, a grande maioria acabava lembrando como momentos mais marcantes, as coisas mais simples e corriqueiras: a figurinha que o pai trazia sexta a noite, o bolo de chocolate feito com a mãe, o café da manhã de domingo, o cheiro de lasanha da vó...

Isso foi se repetindo. Pra todo mundo que a gente perguntava: bazinga! Eram os momentos simples e repetidos a exaustão que marcavam como os mais gostosos da infância.

Será?? A gente aqui pirando na musicoterapia combinada com yoga infantil e é só fazer bolo todo domingo?? Resolvemos então, junto com o cliente ir a campo investigar a hipótese. Fizemos uma pesquisa quanti com 1004 mães, combinada com uma quali de 24 mães e alguns especialistas.

O resultado? Surpreendente. Veja você mesma.