terça-feira, 7 de setembro de 2010

Acabou

Hoje é meu último dia de licença.

Há 4 meses eu era uma publicitária workaholic, sempre maquiada, que nunca havia SEGURADO um bebê de menos de 6 meses no colo e que achava que estava super preparada para a maternidade porque havia lido 2 ou 3 livros sobre bebês.

Passei esse tempo conhecendo a Stella. Não fiquei mais de 2 horas longe dela nenhuma vez. Fiquei muito cansada, chorei muitas vezes, me desesperei algumas, mas sobrevivi e depois vivi intensamente e alegramente esse momento.

Aprendi que ser mãe não está nos livros, não tem fórmula. Cada bebê é único e cada mãe também. Cada ação uma reação. Você vai estudando aquele serzinho e vai aprendendo a lidar com ele. O tempo da licença te dá a chance de fazer isso profundamente.

Achei que chegaria nesse finzinho com uma vontade louca de voltar pra rotina normal, mas está sendo bem difícil de verdade. Dói demais ter que me separar dela.

Sei que sou mãe e mesmo não estando o dia todo junto ela ainda vai me amar, mas tenho a sensação de que não vou ser mais a pessoa que vai saber todos os detalhezinhos, todos os truques. Espero do fundo do meu coração que isso não aconteça.

Amanhã estou de volta. Menos workaholic, sem maquiagem (é fato que vou chorar) e com a certeza de que ainda tenho muito para aprender.

9 comentários:

Manu disse...

Eu bem sei o que está sentindo querida, pois amanhã tbm volto pro trabalho. Não tive como conter minhas lágrimas lendo seu post, pois é exatamente como me sinto. Mas tenho certeza que vamos sobreviver!!!

Abraço

dani disse...

coragem flá... é de chorar mesmo, mas a adaptação é bem rápida. confia que vai dar tudo certo! eu sempre pensava que se fosse tão toturante assim existiria uma lei para que mãe nenhuma pudesse trabalhar, mas mesmo assim não aliviava. mas depois de umas semanas a rotina se ajusta e a agonia dos primeiros dias fica só na lembrança. no começo eu me perguntava: o q estou fazendo aqui? a sensação era que meu lugar era em casa, mas passa, eu juro... boa sorte, tranquilidade.

Unknown disse...

Boa sorte.... eu imagino como será dificil.. bjs

vovó Mônica disse...

Vossos filhos não são vossos filhos.
...eles vêm através de vós, mas não de vós
...e embora vivam convosco, não vos pertencem. (O PROFETA – Gibran Khalil Gibran)
Hoje é o dia da segunda ruptura ( a primeira ocorreu no parto – quando, de uma hora para outra, aquele ser que era só seu passa a ser compartilhado com outras pessoas). Muitas outras virão – a escola, a viagem com o amiguinho, o intercâmbio, o casamento... mas, talvez a mais doída seja a de hoje, afinal as próximas sempre virão acompanhadas de uma conquista da sua filha.
Apesar de triste, nos serve para mostrar a medida de quanto amar, proteger, amparar, apoiar, mas sem sufocar.
Ela nos dá o distanciamento para que possamos nos surpreender com os filhos, afinal uma obra de arte nem sempre tem seu melhor foco quando vista de perto. Muitas vezes para poder perceber e entendê-la temos que dar um espaço para a perspectiva exata.

Carol Marques disse...

Puxa, Flá! Como passou rápido.... Desejo um bom retorno ao trabalho e coragem pra encarar essa nova etapa! beijos

Fê disse...

me emocionei..vale eu chorar tbém????

Keka disse...

Coragem! Nossa, nem quero pensar mas me arrepia de ler sue post, que triste mas temos que seguir a vida e nos separar para o bem deles, afinal temos que trabalhar!

Dani Santana disse...

Oi Flá!

O coração dá um nó. um nó de escoteiro. Mas o dia passa tão rápido. Quando voltei pro batente ficava com medo do Toti "esquecer" um pouco a mamãe! Mas foi o contrário. Mesmo com só 6 meses, quando escuta o barulho da chave na porta já fica todo animado! Abre o sorrisão quando me vê! Como dizem o que vale é a intensidade do tempo que ficamos com eles e não a quantidade. Hoje meu final de semana é uma delícia! Ficamos grudadinhos o tempo todo!

Muita muita força e boa sorte!

Grande beijo! :)

Flá disse...

Obrigada pelo apoio meninas! Acho que foi mais difícil antes do que no "vamo vê". :) beijos